quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O Mito de Prometeu

Há várias versões sobre o mito de Prometeu, herói da mitologia grega. Seu nome, no idioma grego, significa ‘premeditação’. E é realmente o que este titã, um dos deuses que enfrentam o Olimpo e suas divindades, mais pratica em sua trajetória, a arte de tramar antecipadamente seus planos ardilosos, com a intenção de enganar os deuses olímpicos.
O Céu e Terra já estavam criados. A parte ígnea, mais leve, tinha-se espalhado e formado o firmamento. O ar colocou-se de seguida. A terra, como era mais pesada, ficou por baixo e a água ocupou o ponto inferior, fazendo flutuar a terra. Neste mundo assim criado, habitavam as plantas e os animais. Mas faltava a criatura na qual pudesse habitar o espírito divino.

Foi então que chegou à terra o Titã Prometeu, descendente da antiga raça de deuses destronada por Zeus. O gigante sabia que na terra estava adormecida a semente dos céus. Por isso apanhou um bocado de argila e molhou-a com um pouco de água de um rio. Com essa matéria fez o homem, à semelhança dos deuses, para que fosse o senhor da terra. Tirou das almas dos animais características boas e más, animando assim a sua criatura. E Atena, deusa da sabedoria, admirou a criação do filho dos Titãs e insuflou naquela imagem de argila o espírito com o sopro divino.

Foi assim que surgiram os primeiros seres humanos, que logo povoaram a terra. Mas faltavam-lhes conhecimentos sobre os assuntos da terra e do céu. Vagueavam sem saber a arte da construção, da agricultura, da filosofia. Não sabiam caçar ou pescar - e nada sabiam sobre a sua origem divina.

Prometeu aproximou-se e ensinou às suas criaturas todos esses segredos. Inventou o arado para o homem poder plantar, a cunhagem das moedas para que houvesse o comércio, a escrita e a extração do minério. Ensinou-lhes a arte da profecia e da astronomia, enfim todas as artes necessárias ao desenvolvimento da humanidade.

No entanto faltava-lhes ainda um último dom para se puderem manter vivos - o fogo. Este dom, entretanto, havia sido negado à humanidade pelo grande Zeus. Porém, Prometeu apanhou um caule do nártex, aproximou-se da carruagem de Febo (o Sol) e incendiou o caule. Com esta tocha, Prometeu entregou o fogo para a humanidade, o que lhe dava a possibilidade de dominar o mundo e os seus habitantes.

Zeus, porém, irritou-se ao ver que o homem possuíra o fogo e que a sua vontade tinha sido contrariada. Por isso tramou no Olimpo a sua vingança. Mandou que Hefesto fizesse uma estátua de uma linda donzela, a que chamou Pandora - "a que possui todos os dons", (uma vez que cada um dos deuses deu à donzela um dom). Afrodite deu-lhe a beleza, Hermes o dom da fala, Apólo, a música. Vários outros encantos foram concedidos à criatura pelos deuses.

Zeus pediu ainda que cada imortal reservasse um malefício para a humanidade. Esses presentes maléficos foram guardados numa caixa, que a donzela levava nas mãos. Pandora, então, desceu à terra, conduzida por Hermes, e aproximou-se de Epimeteu - "o que pensa depois", o irmão de Prometeu - "aquele que pensa antes" e diante dele abriu a tampa do presente de Zeus. Foi então que a humanidade, que até aquele momento havia habitado num mundo sem doenças ou sofrimentos, se viu assaltada por inúmeros malefícios. Pandora tornou a fechar a caixa rapidamente, antes que o único benefício que havia na caixa escapasse - a esperança.


Zeus dirigiu então a sua fúria contra o próprio Prometeu, mandando que Hefesto e seus serviçais Crato e Bia (o poder e a violência) acorrentassem o Titã a um penhasco do monte Cáucaso. Mandou ainda uma águia devorar diariamente o fígado de Prometeu que, por ser ele um Titã, se regenerava. O seu sofrimento durou por inúmeras eras, até que Hércules passou por ele e viu o seu sofrimento. Abateu a gigantesca águia com uma flecha certeira e libertou o cativo das suas correntes. Entretanto, para que a vontade de Zeus fosse cumprida, o gigante passou a usar um anel com uma pedra retirada do monte. Assim, Zeus sempre poderia afirmar que Prometeu se mantinha preso ao Cáucaso.


Prometeu Acorrentado (pintura de Dirck van Baburen - 1595-1624)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Mito de Aracne


Segundo a mitologia grega, Aracne era uma jovem tecelã que vivia na Lídia, em uma região da Ásia Menor chamada Meônia. Seu trabalho era tão perfeito que, em todas as cidades da Lídia, Aracne ganhou fama  de ser a melhor na arte de fiar e tecer a lã.
Eram os deuses, com sua generosidade, que concediam às criaturas seus talentos e habilidades, mas os mortais, com sua capacidade natural de esquecer as coisas, às vezes cometiam a tolice de gabar-se de seus próprios feitos. Assim aconteceu a Aracne, que deixou-se dominar pela vaidade e passou a vangloriar-se de sua habilidade como tecelã. Até que um dia alguém veio lembrá-la de que ela era discípula de Atena. Atena (Minerva, na mitologia romana) era filha de Zeus, e além de ser a deusa da Sabedoria ,era a deusa que presidia as artes e os trabalhos manuais -- a tecelagem inclusive. Aracne ficou extremamente ofendida e, querendo provar sua independência e auto-suficiência, caiu na fraqueza de afirmar que podia competir com Atena e seria capaz de derrotá-la  na arte da tecelagem.
Atena disfarça-se e vai procurar Aracne.
Ao saber da presunção de Aracne, Atenas  foi procurá-la disfarçada como uma anciã  e pediu-lhe que a escutasse, devido à experiência de sua idade avançada: "Busque entre os mortais toda fama que desejar, mas reconheça a posição da deusa". Porém, a famosa Aracne não percebeu que se tratava de Atena e, além de zombar da anciã, reafirmou seu desafio: "Por que motivo sua deusa está evitando competir comigo?"
Atenas revela-se
Ao ouvir isto, Atenas apareceu em sua forma verdadeira, e todos se puseram a reverenciá-la, exceto Aracne, que permaneceu impassível, pois o senso de poder que sua habilidade lhe dava tornava-a ousada em excesso. 

A competição

Atenas desafiou Aracne a provar que seria capaz de vencê-la e as duas deram início à competição. Sentaram-se e começaram a tecer, cada qual procurando produzir a obra vencedora.

O que Atena teceu:

Atena retratou a cidade de Atenas e os deuses em seus tronos, e entre os deuses a oliveira que ela havia criado durante uma disputa com Posseidon e graças à qual foi proclamada a protetora da cidade. Retratou também Niké, o símbolo da Vitória e nos quatro cantos da tela, desenhou quatro cenas mostrando o que havia acontecido a alguns mortais que desafiaram os deuses e em que eles acabaram sendo transformados.
Coroando o trabalho, Atena teceu uma grinalda de folhas de oliveira, que é até hoje um símbolo de paz.

O que Aracne teceu:

Aracne, a perfeita tecelã, achou de retratar o maior de todos os deuses --Zeus --   por ocasião de suas conquistas amorosas. E então foi tecendo diversas cenas em que ele aparece disfarçado ou toma a forma de um animal: Zeus, sob a forma de touro, arrebatando Europa; sob a forma de águia, abordando Astéria; sob a forma de cisne, conquistando Leda; sob a forma de sátiro, fazendo amor com Antíope; Zeus fazendo-se passar por Anfitríon para seduzir Alcmene, mãe de Heraclés (Hércules); Zeus, o pastor que fez amor com Mnemosine, mulher-titã; e, ainda, Zeus conquistando Egina, Deméter e Danae, disfarçado, respectivamente, de chama, serpente e chuva de ouro. No afã de "tricotear" sua espantosa obra, Aracne incluiu ainda os amores de Posseidon, Apolo, Dionísio e Cronos.
E ao redor de todas as cenas, teceu uma graciosa moldura de hera e flores entrelaçadas.

Desfecho da estória

Tão perfeita foi a obra de Aracne que Atena não conseguiu encontrar nela a mínima falha. Irritada, Atena rasgou a tecelagem em pedaços e golpeou Aracne na cabeça. Aracne ficou muito triste e, em seu desespero, terminou tentando se enforcar. Atena, ao saber o que sua cólera havia provocado, compadeceu-se de Aracne e transformou a corda que ela usara para enforcar-se em uma teia. Em seguida, derramou sobre Aracne fluidos retirados das ervas da deusa Hecate e transformou-a em uma aranha. Dessa forma, Aracne foi salva da morte e, embora condenada a ficar dependurada em sua teia, a beleza de sua arte não ficaria perdida para sempre neste mundo

Complicado nesse texto é assimilar a cólera de Atena e a angústia de Aracne.
O que a levou de fato ao desejo de acabar com a própria vida? A humilhação? A falta de sentido diante da soberania de uma deusa?
Posso estar enganada, mas o grande problema em questão deve ser a vaidade!
Me fez lembrar do filme advogado do diabo: " - Vaidade, um dos meus pecados favoritos!"


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Equinócio da Primavera


                                                    

                                               EQUINÓCIO DA PRIMAVERA 
                                             Histórias, Costumes e Curiosidades

Antes de se converter na celebração da Ressurreição de Cristo, o EQUINÓCIO DA PRIMAVERA era festejado pelos mais variados povos, culturas e religiões, como forma de dar as boas-vindas à Primavera...

Desde tempos imemoriais, esta festa significa para os mais variados e remotos povos e culturas, tempo de começar de novo. Os cristãos celebram a ressurreição de Jesus, os judeus, recordam o início de uma nova vida para o seu povo, longe do jugo opressor do Faraó, os antigos povos pagãos e todos nós hoje em dia, festejamos o início da Primavera, a luz do sol e o desabrochar das flores.

O Equinócio da Primavera, tal como o festejamos hoje em dia, é uma mistura das tradições pagãs e judaico-cristãs. As diferentes celebrações têm em comum os temas da morte e da ressurreição. Depois de meses de noites longas e geladas e dias curtos e cinzentos, o Equinócio (do latim Oequinoctiu, que significa igualdade do dia e da noite) marca o renascer da vida animal e vegetal. Os antigos povos pagãos adoradores do Sol e das mais variadas deusas da fertilidade celebravam, nesta data, o triunfo divino sobre as estéreis trevas invernais. Seja qual for a religião professada e mesmo que não se creia em deus algum, quem celebra o Equinócio da Primavera estabelece sempre uma ligação entre o florescimento da Natureza e o renascer espiritual. Por isso, algumas civilizações antigas faziam desta a festa de Ano Novo...

Alguns dos costumes judaicos símbolos pagãos da festa do Equinócio da Primavera continuam: os ovos coloridos e o coelhinho da Páscoa, antigos ícones da fertilidade são os mais populares; as velas, que se acendem em casa e nas igrejas nesta época, descendem do costume de acender e saltar fogueiras como manifestação de boas-vindas ao Deus-Sol.Ostara é o primeiro dia da Primavera, ocorre cerca de 21 de Setembro no hemisfério Sul e 21 de Março no hemisfério Norte.
De acordo com as Antigas Tradições Celtas, Ostara pertenceria ao Grupo de seus Oito Festivais chamados "Sabás".


SABEDORIA CELTA SOBRE O FESTIVAL DE OSTARA
"Quando as Nuvens Parecerem Pedras e Flores, a terra será Renovada por Chuvas da Primavera"

Data: por volta de 22 de setembro(HS) / por volta de 21 março(HN) Nomes alternativos: Ostara, Eostre, Dia da Senhora Cor: branco, verde, amarelo e dourado Símbolo: ovos, borboletas e coelhos Deuses: Jovens, da fertilidade Cristais: quartzo verde, esmeraldas e citrino Alimentos: ovos cozidos, bolos de mel Bebidas: vinho, ponche de leite e iogurte Frutas: da época Incenso
: jasmim, sálvia e violeta


domingo, 15 de abril de 2012

Mitos

Olá, nossa como sempre um bom tempo que não passo por aqui... Mas durante algum tempo atrás pensei muito sobre o que escrever aqui... Não quero escrever amenidades aqui, até porque pra isso tenho o My Storm...
Conversando com algumas pessoas aqui em casa, senti muita vontade de escrever sobre mitologia... E aos poucos descrever algumas versões sobre o assunto.


Então, vamos lá:
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.

Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
 Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos,  políticos e culturais.

Hoje vou escrever uma versão do mito de Pandora, ok?

Quem foi Pandora?

Na Mitologia Grega, Pandora foi a primeira mulher criada por ordem de Zeus (deus dos deuses) como parte de um castigo a Prometeu (titã amigo dos homens) por este ter revelado o segredo do fogo para a humanidade.

Prometeu roubou as sementes do deus Hélio (deus do fogo) e repassou aos homens para que estes pudessem cozinhar e fazer tarefas domésticas. Enfurecido, Zeus resolveu criar uma mulher que tivesse várias qualidades de diversos deuses. Pandora tinha o poder de sedução da deusa Atena.

Prometeu se casou com Pandora. De acordo com o mito, a humanidade tinha vivido em harmonia até aquele momento, porém Pandora resolveu abrir sua ânfora (a expressão "caixa de pandora" foi criada no Renascimento) que continha todos os males da humanidade e liberou todas as desgraças (vícios, doenças, loucura, pobreza, pragas, violência, crimes, etc).

Analisando os fatos...
Imaginemos então, um mundo em que pela concepção mitológica não tivesse a necessidade de que se criasse qualquer tipo de punição e os tais males nunca tivessem sido expostos... Viveríamos sem tais desgraça??
Sinceramente acredito que de alguma forma o homem procuraria meios para descobrir essas coisas, acho que de certa forma "desvios de caráter, pragas, doenças, loucuras" simplesmente aparecem de tempos em tempos... Está impregnado na raça humana...

Nem sei porque segui essa linha de racíocínio...

Bom domingo povo!


 


sexta-feira, 23 de março de 2012

Entendendo o Classicismo

Classicismo é a doutrina estética que dá ênfase à ordem, ao equilíbrio e à simplicidade. Os antigos gregos foram os primeiros grandes clássicos. Posteriormente, os romanos, os franceses, os ingleses e outros povos produziram movimentos clássicos. Cada grupo desenvolveu suas próprias características particulares, mas todos refletiam idéias comuns sobre a arte, o homem, o mundo.



O Classicismo confere maior importância às faculdades intelectuais do que às emocionais na criação da obra de arte, porque busca a expressão de valores universais acima dos particularismos individuais ou nacionais. Inspirando-se no modelo da Antiguidade clássica greco-romana e no Renascentismo italiano, estabeleceu princípios ou normas, como a harmonia das proporções, a simplicidade e equilíbrio da composição e a idealização da realidade. Recusa, portanto,a emotividade e exuberância decorativa do barroco.



Abaixo imagem de uma igreja barroca
Essa igreja fica em Minas Gerais

quarta-feira, 21 de março de 2012

Blessed Be!

Estou extremamente cansada... Nossa, vocês não fazem idéia de como estou cansada!
O cansaço gera desânimo, mau-humor e como lido diretamente com o público, não posso me permitir ficar afetada... Confesso que solto o stress às vezes em casa mesmo... :(
Acho que não devia ter postado isso aqui... Enfim, diante de tanta energia negativa, precisava balancear e por isso me lembrei que existe uma benção celta que poderia me ajudar.


Uma bênção celta:

No dia em que o peso amortecer-se
Sobre teus ombros e tropeçares,
Que a argila dance para equilibrar-te.

E, quando teus olhos congelarem-se
Por trás da janela cinzenta,
E o fantasma da perda chegar a ti,
Que um bando de cores
Índigo, vermelho, verde
E azul-celeste,
Venha despertar em ti

Uma Campina de alegria.
Quando a vela se esfiapar no barquinho
Do pensamento, e uma coloração
De oceano escurecer abaixo de ti,
Que surja por sobre as águas
Uma trilha de luar amarelo
Para levar-te a salvo para casa.

Que o alimento da terra seja teu,
Que a claridade da luz seja tua,
Que a fluidez do oceano seja tua,
Que a proteção dos antepassados seja tua.

E, assim, que um lento vento
Teça estas palavras de amor
À tua volta, um invisível manto,
Para zelar por tua vida.


Blessed Be!
Abençoada seja! 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Muito triste!

Morreu ontem o Sr. Braga...

                                        Muito triste :(
D:
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Eu deveria ter postado a listagem de livros que lerei nessa maratona...
Segue a lista
:
Março - Liberdade para amar - Ana Vera Lemos
Abril - Sob o sol do Deserto -   Iris Johansen
Maio - Sem medo do passado - Verônica Wolf
Junho - Paixão e Êxtase -           Jill Henry
Julho - O Príncipe e o Lobo - Ronda Thompson
Agosto - Fantasias secretas - Janelle Denison
Setembro - Somente Por Prazer - Miranda Lee
Outubro - Senhor das Marés - Eve Goldstone
Novembro - No Calor do Amor - Penny Jordan
Dezembro - Natal Em Teus Braços - Suzanne Simmons Guntrum
Janeiro 2013 - Amor e Revelação - Dianne Castell
Fevereiro 2013 - Desejo de Vingança - Renee Roszel